13 maio 2008

Palavras


Cruzo os dias
em silêncio.

Palavras
ferem a alma.
Palavras
perdem-se
no desconhecido
sem volta.
Palavras
inevitáveis
tornam-se
fatais.

Ainda não é hora
Ainda há veneno
no copo.

Palavras
doces
não são engolidas.
As amargas
são degustadas
com prazer.

Se o que queres
são palavras,
toma-as:

Compaixão
Esperança
Fraternidade
Ética
Inocência
Segurança
Humanidade

Tira o bolor
e a poeira,
usa-as
como quiser.

Mas não me peças
também o sentido.

Esse ficou perdido
na vastidão dos dias.

3 comentários:

  1. Oi Helen. Lindo poema. É... algumas palavras têm tanto bolor que já não conseguimos mais ler e o que dirá saber seus significados.
    Palavras esquecidas no tempo, totalmente perdidas no espaço.
    A Humanidade só sabe ler palavras como sucesso, dinheiro, ganância, ódio e tantas outras do gênero. Uma pena!

    Ótima quarta para você.
    Beijos mil! :-)

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  2. há um silêncio

    que mora

    dentro

    das palavras

    que fala alto

    nos baixios

    do coração



    Grato pela visita e pelas palavras...ditas :)

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  3. Toma as minhas:

    .
    .
    .
    .Amizade, palavra, respeito Caráter, bondade, alegria e amor.
    .
    .
    .
    .
    e MNascimento também. hehehehe.
    .
    .
    .
    bijinini

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