05 dezembro 2008

Suicídio


Um corpo no chão

E o povo aglomera


Um grito na rua

Olhos arregalados

Multidão curiosa

De dor, de morte


Fatalidade

Ou um ato desesperado e último?

Insensatez ou inutilidade?

Fim de vida

Ou começo?


O povo reclama,

Julga, e lastima

“Tão nova, coitada!”

O trânsito pára

E a vida pára


Alguém vai chorar amanhã

Por quem desistiu da jornada


Um corpo estendido na morte

Cheirando a suicídio

Com gosto de fim


(onde razão?)

(onde coragem?)

(onde ideais?)

Um comentário:

  1. Pois é, Helen... O suicídio!

    Que desespero deve tomar conta de alguém, para acabar se suicidando...

    Belíssimo o seu poema, apesar do tema triste!


    Beijos de luz e o meu sincero carinho...

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