17 fevereiro 2010

Juventude banal




Não foi sem relutância
Houve até certa implicância
Mas assumi a incumbência
Revesti-me de paciência
Para aceitar sem malícia
Essa forma fictícia
De abordar a existência
Quase beirando a demência
De quem mal saiu da infância
Quer o mundo com tal ânsia
Sem ponto de referência
Ainda faltando vivência
Ainda faltando argúcia
Sem saber o que é renúncia
Num viver sem substância
Banal e de inconstância
Até ganhar a experiência
De viver com competência
.
.
.
arte de Johanna Wright

3 comentários:

  1. Uma grande sacada, querida amiga. De quem vive e escreve com competência.

    Grande beijo

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  2. O problema é a arrogância
    Junto com a petulância
    De (in)sabida procedência
    Baseada em dependência
    De acordo com a circunstância
    Levando-nos à falência
    No tratar com tolerância
    Praticando a resiliência
    Buscando a significância
    De um viver sem consistência
    É preciso militância
    Não haverá desistência
    Em alguma instância
    A vida trará consciência
    Talvez a divina providência
    Num momento de luminância
    Devolverá a verdadeira essência

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