25 junho 2010

Versos




os versos que de mim desfolham

e seguem em total independência

deixaram de ser meu atributo

em mim restou apenas a essência


viajam pelo tempo e pelo espaço

até pousar nos olhos do leitor

que a eles acrescenta seu contexto

e os digere por seu proveito ou valor


o que foi parido ao mundo pertence

se nem as árvores cobram por seus frutos

quem sou eu para querer tirar vantagem

dos meus pobres produtos brutos?




arte de Lucien Levy-Dhurmer


5 comentários:

  1. ___________________________________


    Muito bonito, Helen! Um poema bem reflexivo...


    Beijos de luz e o meu carinho!!!

    _________________________________

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