08 novembro 2012
Dias e noites
o que vai se consumar no futuro
habita os cristais de lágrimas
que o tempo ocultou nas marés
sinto minha liberdade
pregada em um quadro como asas de borboletas
- lindas, porém mortas
o medo de dividir os medos
é o que nos isola em sombras fleumáticas
estremece os arcanos e furta-se ao toque insípido
vamos tecendo nossas teias
e enveredando em meias vidas
pulsando letárgicas veias
vagando até morrer o dia
ausenta-se o sopro
assenta-se a noite
durmo no mundo
desperto
liberta
na poesia
(arte de Judith Clay)
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cotidiano percorrido.
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