os
olhares que me ferem
não
cobram
não
pedem
não
acusam
mas
ferem
instalam-se
como
espinhos frios
hipnotizam
com
força tamanha
que
sinto vertigens
não
sei onde guardar
tanto
desconforto
espelhos
que
me fotografam
setas
a
me atravessarem
estrelas
que me contemplam
duas
contas coloridas
compondo um colar infinito
de
almas que se reconhecem
em sua imensa fragilidade
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