arte de Charles Harbutt |
há
uma dor despercebida
atrás
de um riso forçado
atrás
de uma palavra ríspida
há
um coração dilacerado
a
sombra que lhe foi concedida
encobriu
o próprio sol
solitária
estrela esquecida
solta
no mar sem farol
em
mãos trêmulas estendidas
vai
arrastando seus dias
nas
lágrimas engolidas
nas
promessas tão vazias
ninguém
sabe de sua vida
se
é que alguma ela tem
mas
na hora da despedida
no
último vagão do trem
deixa
no banco sua história
a
voz que nunca ousou
na
tolhida trajetória
a
asa que nunca voou
no
único gesto audaz
despe
a mortalha de mulher
fecha
os olhos vai em paz
que
a morte irá lhe acolher
Só a poesia (e os poetas) para resgatarem histórias perdidas!
ResponderExcluirEstou seguindo seu blog, viu?
Abraço!
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P.S.: Considere a possibilidade de retirar a exigência de verificação de palavras para comentar aqui...
Abraço!