arte de Brita Seifert |
o
amor ficou pra depois
nenhum
aceno
nenhum
bilhete
somente
uma paisagem
inquieta
um
vazio de sons
que
transforma a respiração
em
agonia sinistra
nossos
olhares
atravessam
multidões
mares
desafios
eu
te vejo
tu
me vês
em
mensagens líquidas
condenados
ao
cometimento das ausências
à
travessia das memórias
estaremos
às janelas
sussurando
aos
mesmos ventos
nas
noites
buscando
as mesmas estrelas
pressentindo
nos abraços alheios
a
entrega adiada
contando
sóis e luas
que
se intercalam
no
tempo que arrastamos atrás de nós
repetindo
as mesmas palavras e promessas
para
não esquecermos até a próxima vida
enquanto
isso
lavamos
a areia dos olhos
limpamos
qualquer resíduo de tragédia
e
seguimos acreditando
que
esse vácuo é somente
uma
pausa entre o
desejo
e o sopro do anjo
e
o resto do mundo é ilusão
Lindo.
ResponderExcluirPresente.
Ausente.
Sente.
Obrigada, Sis.
Love.
Belíssimo e tocante.Sensibilidade pura.
ResponderExcluirBeijo e luz, Helen, sempre!
Belo poema!
ResponderExcluirUm beijo