12 maio 2019

O tempo nos perdeu


há um canto constante e cruciante
em sonhos e pesares que o vento traz 
são vozes de um amor passado
dobrado e engavetado
a gaveta tranquei
a chave perdi
nos nossos nós
não há trajetos
os objetos
não guardo mais

houve o amor 
a febre da procura
provoquei loucuras
desfrutei a intensidade
mas o tempo nos perdeu
sobraram promessas
meros clichês
horas roubadas
um gosto amargo
de possibilidade
e um beijo teu


Nenhum comentário:

Postar um comentário