23 junho 2011

O tempo da poesia



o tempo da poesia
é o desabrochar de um lírio
a fugacidade da camélia
a explosão das maçãs

o tempo que dura o adeus
quando não se quer partir

é tempo compartilhado
entre o poeta e o leitor
entre a obra e o pintor

é tempo perdido
entre crimes e milagres
entre músicas e estrelas

o tempo que dura uma palavra
quando se quer o silêncio

olhos que se encontram
mãos que se procuram
almas que despertam
no sol das manhãs

o tempo da poesia
ultrapassa a medida humana
desobedece calendários
fragmenta-se em cristais eternos
e não dura mais que um instante

3 comentários:

  1. O tempo da poesia não tem fim.
    Beijo

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  2. "fragmenta-se em cristais eternos
    e não dura mais que um instante"

    mas a poesia destes instantes, permanece pra sempre dentro de nós.

    Abraços :)

    Paz e Luz

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