o tempo da poesia
é o desabrochar de um lírio
a fugacidade da camélia
a explosão das maçãs
o tempo que dura o adeus
quando não se quer partir
é tempo compartilhado
entre o poeta e o leitor
entre a obra e o pintor
é tempo perdido
entre crimes e milagres
entre músicas e estrelas
o tempo que dura uma palavra
quando se quer o silêncio
olhos que se encontram
mãos que se procuram
almas que despertam
no sol das manhãs
o tempo da poesia
ultrapassa a medida humana
desobedece calendários
fragmenta-se em cristais eternos
e não dura mais que um instante
O tempo da poesia não tem fim.
ResponderExcluirBeijo
"fragmenta-se em cristais eternos
ResponderExcluire não dura mais que um instante"
mas a poesia destes instantes, permanece pra sempre dentro de nós.
Abraços :)
Paz e Luz
O Estalo.
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