Em casa é o rei
No trabalho – o escravo
Na mente – sonhos de grandeza
Na marmita de todo dia
Nem feijão existe mais
De quem é a culpa?
Sua, minha ou nossa?
Ou, quem sabe, do destino?
Precisamos evitar
Que esse acrobata das estruturas
Caia em meio ao espetáculo
O operário sonha
Sonha com a morte,
Sombra que o persegue
E que o devora
Lá de cima
Sua, minha ou nossa?
Ou, quem sabe, do destino?
Precisamos evitar
Que esse acrobata das estruturas
Caia em meio ao espetáculo
O operário sonha
Sonha com a morte,
Sombra que o persegue
E que o devora
Lá de cima
Das frágeis colunas de cimento
O artista vislumbra a criação
O artista vislumbra a criação
O cemitério de arranha-céus
Que ele mesmo ajudou a construir
Apavora-o
O operário chora
Mas suas lágrimas
Não abalam
Os alicerces da construção
Que comeu sua mão
E bebeu seu suor
O operário sonha
Sonha que há comida em sua casa
Que seus filhos são sadios
E sua mulher não reclama
Da vida que leva
E o operário chora.
E sonha, e chora.
Que ele mesmo ajudou a construir
Apavora-o
O operário chora
Mas suas lágrimas
Não abalam
Os alicerces da construção
Que comeu sua mão
E bebeu seu suor
O operário sonha
Sonha que há comida em sua casa
Que seus filhos são sadios
E sua mulher não reclama
Da vida que leva
E o operário chora.
E sonha, e chora.
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ResponderExcluir.
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Um dia alguém vai descobrir seu talento e contratar suas poesias pra alguma revista.
Nem sei se eexiste isso, mas eu torço muito.
E sou sua fã incondicional.
Sem ser babaovo de irmã. kkkkkkk.
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.bijini.