02 junho 2009

Iniciação



Ancorar o barco em porto firme

Jogar a sorte em carta marcada

O inverso da arte que resta inerte

No enorme fardo que a morte encerra


Na terça parte que assim se furta

A abrir a arca que no norte aguarda

Purga a amarga oferta de uma porta

De estreito vão e cuja graça é incerta


Se o forte enfrenta o cabo das tormentas

E firma o barco no porto que ancora

Marca a sorte com a carta que joga

Na reforma audaz que sem alarde versa


Então no altar arde a ígnea verdade

Na arca aberta repousa o que era oculto

A soberba esfinge resta decifrada

E o Universo desfralda seu último véu...




Um comentário:

  1. ____________________________________

    Muito bom o seu poema, Helen! Parabéns!

    Também estava com saudades...

    Beijos de luz e o meu especial carinho!!!

    Zélia (Mundo Azul)

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