23 junho 2009

Ave sem pouso



não temo a solidão e nem a morte

isenta de laços, fiz do céu minha morada

planando ao vento ou batendo as asas

deixo-me levar, para o sul ou para o norte


e descobri, vivendo nas alturas,

que não há vazio, não há abismos,

há espaços a serem preenchidos

com sonhos, levezas e ternuras


entrego-me ao sol, à lua, à vida

totalmente livre de amarras e grilhões

sou ave eternamente sem pouso

mas de alma plenamente agradecida


4 comentários:

  1. Olá, Helen! Estou de regresso. Gostei muito de Moscovo e do cruzeiro e menos de São Petersburgo. Mas valeu a pena.
    Beijos,

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  2. Sempre uma alegria vir aqui, Helen.
    Beijos e uma ótima semana.

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  3. .
    .
    .
    Eu sei que existe por ai
    Uma andorinha solta
    Procurando um verão que se perdeu no tempo
    Cansou de ser herói do espaço
    E quer a companhia de outros pássaros
    É que o seu coração de ave
    Não aguenta tanta solidão
    ...
    Fagner

    Beijo irmã.

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  4. "...sou ave eternamente sem pouso
    mas de alma plenamente agradecida..."
    - um tiro de palavras reconhecidas e de grande incisividade. Gosto!

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