voltei a ser pedra
mármore amorfo
a ser talhado em nova poesia
o que fui perdeu-se
pelos fios invisíveis
rompidos por mão fria
pelas portas abertas
foram-se as palavras
dispersas no vento
agora eu sei
que devo confiar meus segredos
às árvores
ouvintes fiéis de meu alento
há que se recriar a música
há que se costurar
uma nova inspiração
buscando a fragilidade
dos sons e das harmonias
na memória do coração
tenho comigo
as jóias verdadeiras
e leio novamente a lição:
a vida é feita
de breves instantes
salvei as pérolas
perdi os brilhantes
(aqui era para estar um poema celebrando o Dia dos Namorados, falando de amor, que escrevi diretamente no computador e não imprimi. Mas, meu computador foi furtado de minha casa no último feriado, juntamente com a guitarra de meu filho e minhas jóias. Coisas materiais podem ser repostas, a inspiraçao de um momento jamais. Tentei recompor o poema e vários outros que não estavam terminados, sem sucesso, o que deu inspiração para este que transponho aqui - e que escrevi no papel, dessa vez, para garantir.)
Pena o roubo, bonito o poema.
ResponderExcluirBeijos
Eu não sabia que a vida era feita de breves instantes, por isso perdi às pérolas e os brihantes. Como agora eu já sei, nem um baú eu quero ter para não guardar nada!
ResponderExcluirEntendes o que falo?
O computador, só comprando outro, né?
Beijos...