os
continentes estão vazios de vozes
os
continentes estão vazios de vidas
de
exílio em exílio vagueia a humanidade
todos
sob o peso da escuridão
os
que emergem na penumbra
confundem-se
com pássaros
que
sombreiam o horizonte
e
mendigos solitários
que
escrevem poemas
os
que tecem as manhãs
são
rastros de futuro
o
infinito é o espaço-desvão-vão
entre
o que somos e o que seremos
entre
o que seremos e o que fomos
há
flores nos olhos das crianças
e
o sagrado brilha nas gotas de orvalho
a
verdade é que até mesmo o sol
precisa
da nossa luz
para
iluminar o céu
a
busca é árdua e eterna
de
dor em dor
um
dia chegaremos ao começo
Enquanto houver flores nos olhos das crianças teremos futuro!
ResponderExcluirBeijo