arte de William Blake |
é
o tempo que nos cultiva
as
flores e os espinhos
sozinhos
ou algemados
as
flores são passatempo
os
espinhos contratempo
e
os olhos destemperados
acusam
tal torvelinho
da
inocente alma que erra
nessa
guerra temporal
pobre
vida em desalinho
no
cadinho em que se encerra
por
toda a vida na terra
desce
morro sobe serra
qual
cavaleiro templário
percival
imaculado
espírito
abnegado
a
buscar o seu graal
na
extemporânea aventura
desconhece
a arquitetura
do
mestre que solitário
esculpe-nos
cintilante
a
pedra filosofal
germinal
cálice errante
vai
o néscio diligente
sem
entender que o caminho
temporário
e tão mesquinho
não
lhe pertence afinal
pois
é do tempo a semente
e
o homem recipiente
do
alquimista universal
Maravilha, Helen. Há, sempre, sabedoria em seus versos. Obrigada. Um beijo.
ResponderExcluirPaz e bem!