em nossas ilhas desertas
dormimos ao som das ondas
que estouram de encontro às pedras
recolhidos em claustro fatigante
barcos passam no horizonte
como sonhos impossíveis
- ou seriam quadros na parede?
ainda assim acenamos lenços brancos
mansos e letárgicos caminhamos pela areia
de mãos dadas com o silêncio e o fracasso
o mar é somente a espuma
que vem morrer aos nossos pés
o marulhar ao longe
brando e ritmado
é flutuante cantilena
que parece perguntar:
você resiste ou desiste?
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