arte de Lewis Ramsey |
Tarde.
Uma avó qualquer, de uma neta qualquer,
Esperando, sentada, fazendo crochê.
E a chuva...
Vovó já cansada, lembrando uma vida
De amor e esperança, tristeza e ilusão.
E a chuva tamborilava...
Vovó já sozinha, vovô foi embora.
E a vida de agora é uma vida de espera.
Espera da morte, do reencontrar.
Vovó já cansada, sem netos, sem vovô,
Lembrando o passado
Do “nunca há de vir”, do “tarde demais”.
E arrependida, da falta de vida,
Olha as gotas lá fora,
Caindo dos olhos
Velhos e cansados
Do vovô.
E a chuva tamborilava na vidraça...
(poema da adolescência)
Bonito o poema... e a vóvó...
ResponderExcluirBeijinho para si!
Nossa avó. Qualquer avó.
ResponderExcluir